terça-feira, 31 de maio de 2011

Pra quem vai um dia saber

Ela estava ali, olhando pra ele. Sentada, quieta, calada. Parecia nem ali estar. Perdida nas lembranças, na saudade, na incertaza. Aí, então, o tempo parou. E ela perdeu-se de vez. Voltou no tempo. Para os anos em que ela era apenas uma menina sonhadora, perdida nas vontades de voar pelo mundo afora, mesmo que isso lhe fizesse nem sair do lugar. E lembrou de quando o viu pela primeira vez. Dos desencontros, sonos perdidos, risadas ao meio da noite, das borboletas na barriga. E riu! Ele estranhou. Ela desconversou. E foi quando ela viu no seu olhar a certaza das palavras de quem hoje ela chama de amigo. Amigo. Jeito estranho e amável de ve-lo. Melhor amigo. Amizade que nasceu de algo quem foi e que ninguém mais sabe se será. Ela sabe que vai te-lo ali, rindo a toa, falando bobagens, fofocando! E sabe que nada precisa mudar para que ela fique mais feliz. 

- Menina, o que você quer? - Eu pergunto, sem ouvir uma resposta.

Mas ela bem sabe o que quer. Sabe quem quer. Basta-lhe um sinal. Uma diga. E quem sabe talvez, apenas talvez, ela saiba responder da próxima vez.

procure suas respostas!

Nenhum comentário:

Postar um comentário