Existem dias surpreendentes. Magnificos. Sublimes. E cada dia se torna único, insubstituivel sempre que fico perto dele, só dele. Pior é não consegui controlar o exagero, a insistencia de falar dele, cita-lo a cada conversa, a cada papo com as amigas. Que culpa tenho se sou inteiramente amor?! Amor a ele. Amor aos amigos. Amor aos que não suportam me ver ou me ouvir. Amor. Só amor. Antes, eu que me descabelava, chorava, me via resmungar, rabiscar em folhas de diários palavras doídas, sofrias de um coração tão cansado, desiludido. Sabe-se lá quando ou como passei de 'crônicas sofrivéis' a poemas liricos. Hoje me vejo escrevendo só amor. Inteiramente amor. E rindo por ai, gargalhando como sempre, vou levando a imagem dele comigo como uma lembrança insistente que ele sempre estará perto, vivo e intenso como sempre esteve em mim. Não importa se vai estar nos papos da madrugada, conversas na web, mensagens ou cartas... Ele sempre está presente. Em mim. Ao redor. Por que tudo, pra tudo, ele sempre está presente. Quem ama entende o que digo. Um cheiro, uma música, uma roupa, uma calçada ou um banco de praça. Uma doce lembrança, um breve sentimento que torna-se forte e aconchegante a cada olhar, a cada toque nas mãos. E que seja assim, só assim. Só amor. Só vida. Só você. Basta sentir. Deixe-se levar. Não se privar. Nem se negar. Das minhas maluquices, meus erros, minhas insonias... Amar tornou-se minha preferencia, escolha única e eterna.
