segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Crônica de um dia qualquer



             Acordou cedo. Olhou para as horas. Era 6:30 da manhã. Pensou no quanto aquele dia seria longo. Pensou em não levantar. Pensou em inventar uma dor de cabeça, dor na barriga, ou qualquer coisa que fizesse alguém sentir dó e deixa-la ali quieta, calada. Desistiu. Sabia que isso não iria adiantar. Embora ficasse trancada no escuro do quarto, seu coração ainda estava ali, batendo e doendo. Levantou. Olhou pros seus pés e por ironia isso a fez lembrar dele. Lembrar das vezes em que se olhavam, que conversavam. Lembrou das risadas sem graça, da falta de jeito. E sorriu. Esfregou o rosto tentando se convencer de que isso a faria mudar de pensamento. Em vão. Levantou. Enquanto dava inicio a sua rotina diária, ela olhava pro céu limpo da manhã. Se perguntava se conseguiria seguir em frente. Seguir sem lembrar. Sem aquela dor da falta. Mas como sentir falta de alguém que nunca foi seu? Ela sabia que isso era verdade, embora se negasse  a dizer em voz alta. Mas uma vez passou a mão no rosto. Dessa vez sentiu vontade de chorar. Ela sabia que agora era questão de amor próprio. E saiu. Enquanto caminhava rumo ao seu trabalho, tentava distrair-se. Pensar na quantidade de coisas que tinha pra fazer. Coisas pra resolver. Muito trabalho. Pegar fila para pagar as contas. Tinhas algumas compras para fazer. Email para enviar. Quando pegou o ônibus, pôs os fones de ouvido. As músicas não ajudavam muito. Letras que falavam de amores perfeitos ou sofridos. De corações destruídos. De amores de contos. Histórias perfeitas. E doeu. Sentiu o coração despedaçar. Por que ela não podia sentir o mesmo. O que tinha de errado? Era o cabelo? A voz? Por que era tão difícil sentir e viver aquele sentimento tão puro. Se esforçou pra não chorar. Pôs a mão na boca. Fechou os olhos. Embora sentisse o coração apertado, ela sabia que o erro não era ela. Sabia, bem no fundo, que um dia ela não sentiria mais nada por ele. Que tudo não passaria de uma breve lembrança. Aprendizado. Que a fez crescer e amadurecer. Sabia que cada coisa tem seu tempo. A hora certa para acontecer. Foi quando percebeu que sua vida continuava. Ela ainda estava viva. Que ela era linda. Incrível. Que um dia, talvez agora, talvez depois, mas um dia ela sabia que iria encontrar alguém que a fizesse ter plena certeza de que ela era realmente tudo isso. E sorriu. Se sentia uma bobona. Achou que todos a observavam. Talvez achassem que ela era louca. Isso a fez dar outro sorriso. Ele marcou sua vida. Mas não para sempre. Ela sabia disso. Um dia, quem sabe a partir daquele dia, ele se tornaria uma breve e inusitada lembrança. Ela sabia disso. E torcia que esse dia chegasse logo. Até lá ela iria viver e amar. Talvez trancasse seu coração. Talvez se permitiria apaixonar-se de novo. Só o tempo diria. Respirou fundo. Desceu do ônibus. Olhou pros lados. E sentiu-se inteira. Sabia que deveria sentir-se assim. Era sua obrigação. Levantou a cabeça e foi em frente. Já estava acostumada. Sempre fez isso. E continuaria fazendo. Questão de sobrevivência. Era forte o suficiente. E era justamente isso que a movia.

"A pior mentira é acreditar que você é fraco o suficiente para se entregar á constante dor..."


Que seja suficiente e infinito




"... E meu amor não será passageiro
      Te amarei de Janeiro a Janeiro
            Até o mundo acabar..."  {♥}

domingo, 1 de dezembro de 2013

Para as mais lindas flores

Tem gente que  enche nossa vida de cor. Tem gente que nos faz transbordar de alegria e paz. Tem gente que mesmo longe, parece estar morando vizinho da gente. Tem gente que nos mata de saudade e quando aparece nos mata de alegria. Tem gente que estressa, irrita, perturba... Mas você não se vê vivendo sem esse tipo de gente por perto. Tem gente que mesmo em silêncio faz você sentir que foi a melhor conversa que já tiveram e fica radiante por isso. Conheço esse tipo de gente. Gente alegre e diferente. Cada uma de um jeito diferente. Com cheiros, jeitos, costumes e manias que só fortalecem e moldam quem são. Como um jardim, sabe?! Cada flor com sua particularidade. Com sua forma que embeleza e dá vida ao jardim. E de tantas, posso falar de seis flores.
Deza!
   
      Tem aquela Flor-De-Lis. Forte, linda, delicada. Simbolo de honra, poder e lealdade. Aquela flor discreta, que costuma se esconder entre outras flores esquecendo a beleza que tem. Mas sabe o que mais encanta nela? A lealdade. Não importa o tamanho da dor, não importa a hora que seja, não importa o que seja... Ela vai estar lá! Pode ter certeza. E eu tenho!
   

Quelzita!
      Tem a pequena Copo-De-Leite. Doce, meiga, calma, linda. É uma das flores mais belas e delicadas do meu jardim. Ela ilumina e enche de alegria onde quer que esteja. Amo estar na companhia dessa flor. Minha pequena, minha menininha tão meiga e frágil. O que eu puder fazer para sempre arrancar um sorriso dela, farei!
Karine!



      Tem o meu Girassol. Forte, leal, determinada, cheia de vitalidade e entusiasmo. Ela é difícil definir. Cheia de personalidade e amor. Tão carinhosa, gentil e ao mesmo tempo firme e decidida. Sabe aquela flor que sabe para onde vai e por que vai? Por isso se deixa guiar por algo certo e concreto. Amo tê-la no meu jardim. Amo vê-la florescer a cada dia.

Issa!
      Não posso deixar de falar da plenitude da minha Margarida! Ela se renova a cada dia, a cada queda, a cada dificuldade. Embora seja muito frágil essa flor consegue se adaptar muito bem a diferentes situações e lugares. Ela é pequena no tamanho, mas enorme em qualidades. Essa flor tem esperança, tem força. Sabe aquela brincadeira do Bem-me-Quer? Então. Ela sabe que de depois de um mal sempre vem o bem logo atrás. E eu só quero o bem pra ela. Sempre sempre!

Paulinha!

     Sabe a Flor Azul? Pois tenho uma. Ela é resistente, apaixonada, digna e nutre os mais intensos e profundos sentimentos. Ela é apaixonada. Amante do romance. Encantadora, confiável e amável. A Lis da minha vida. Aquela que sempre esteve comigo. Chorou, lamentou. Olho para ela e recordo do quanto vivemos dias e aventuras incríveis. E essa flor vai partir. Vai pra longe. Eu e o restante das flores vamos sentir muitas saudades! 
Kessi!

   E por fim, minha linda Gardênia. Aquela que tem qualidades lindas, é doce e determinada. Mas foge dos próprios pensamentos e sentimentos. Procura meios de expor o que realmente sente. De demonstrar carinho e afeição. Faz-se de durona mas no intimo é completamente sentimental. Essa flor é tão sincera, direta, as vezes dura. Mas com ela passei 90% da minha vida. Amiga-irmã. Irmã de outra mãe. Separadas no berço. Aquela por quem consigo nutrir o mesmo carinho e amor de a muito tempo, mesmo tão longe. Não esqueço jamais dela e ela não esquece de mim.



-Para minhas flores tenho apenas duas coisas a dizer: Obrigada por me apoiarem, dividirem comigo momentos incríveis, conquistas e por estarem ao meu lado nas minhas derrotas. Obrigada por cada risada, cada telefonema, cada mensagem sem noção altas horas da noite. Obrigada por cada momento e cada aventura. E desculpa se não estive por perto quando precisaram de apoio ou quando sentiam o mundo desabar. Desculpa se calei quando deveria falar e se falei quando deveria calar. Desculpa se fui infantil demais quando deveria ter sido madura o suficiente para ajuda-las. Desculpa se abracei na hora errada e se falei demais. Desculpe por amar demais, sabe-se lá se isso é coisa para se desculpar, mas é bom prevenir =)

Amo Muito!